Pensamentos neutros virados em escombros

    

Sei que muitas vezes me perdi em pensamentos
Me fechei feito uma porta 
E voei como o vento.
Relaxei no trajeto junto dos escombros
Que sobraram de alguma carcaça que trouxe o tempo. 
A verdade segue em anexo e não mais em corpo inteiro, 
Só abrindo-se para saber o que é certeiro.
Sinto que deveria falar mais,
Porém, escrever me faz refletir dos problemas em cativeiro.
Procuro em lugares neutros, na civilização da minha memória,
Algo que me possa fazer lembrar 
De um tanto quanto o outro aspecto em questão.
Às vezes, sinto-me presa por correntes malignas 
Que dão forças ao bem material para me segurar. 
Quero que o céu saiba que as estrelas me falaram 
da inconveniência de certas pessoas que reclamam.
A incerteza só faz transparecer o medo que se amontoa 
no semblante e faz a hesitação crescer.
Por isso, quando não se tem respostas para perguntas indecisas,
os pensamentos neutros viram escombros 
que acumulam a parte da memória, 
jogando aqueles resíduos de ideias fora. 
Fazendo-as sumirem com o tempo.

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