Que olhos tristes eram aqueles que um dia eu vi?
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aquela alma sofria algum tormento. Sentado na beira do mar com algo em suas mãos acompanhava um olhar taciturno se entregando a imensa solidão.
O vento levantava seus cabelos trazendo lembranças passadas em frações de segundos ele respirava as recordações que doíam e haviam ainda, cicatrizes machucadas. A dor que pulsava em seu rosto dava forma a uma expressão sem significado. A flor murcha ao seu lado, com a ajuda de suas delicadas mãos, já havia se despedaçado sem perceber o gesto praticado. Mais uma vez ergueu a cabeça e olhou seriamente para o horizonte como se fosse um desafio, e com olhar abstrato respirou profundamente até achar o que queria. Seu estado não tinha tradução, mas seu coração era transparente, havia dor se aflorando em seus olhos, e lágrimas inocentes que caíam. Do que sofria aquela pobre criatura?
Em um segundo levantou-se e jogou os restos de flores murchas no rio.
Respirou de novo e relaxou e foi-se embora de vagar. Esquecendo-se aos poucos daquele momento e foi seguindo seu rumo. Livre ou não daquele sofrimento. E sim de ter desabafado em silêncio para o mar. Os passos largos adiante diziam adeus e continuaram de devagar rumo a qualquer outro lugar.
Que olhos tristes eram aqueles que um dia eu vi?
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