O diploma da vida
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Diploma da vida |
O tic tac do relógio não parava de barulhar. A chuva caía lá
fora e escorregava no limiar da porta se estendendo até o chão. Navegava as
gotas unidas pela imensidão de outras gotas que corriam rapidamente junto do
resto de água corrente. O céu estava acinzentado. Ouviam-se os sons: Um
cachorro latindo; um ônibus seguindo viagem; um transeunte marchando seus
passos encharcados e ziguezagueando as poças que se formavam. Sem esquecer-se
do estrondo das ferramentas nas construções de novos prédios ali perto. Esta é
a percepção que tenho de sensações do quanto estou ligada as ações do mundo a
minha volta.
Onde se encaixa sobre o diploma da vida? Eis a questão das
provas. O ato de percepção é a porta de entrada para ideias a fim de entender
melhor o que está nos inspirando. O que temos para usufruir de tudo o que está
presente no agora? Para um absorvimento do conteúdo antes! E após, as práticas.
Como, por exemplo, todo aluno um dia terá provas do que aprendeu. Ajusta-se á
mente o conhecimento que por ventura só é entendida muitas vezes na prática.
Somos dotados de sentimentos amiúde bons e ruins, faz parte da
nossa composição para a elevação do espírito. E, o corpo é a máquina que
trabalha á mercê do funcionamento do coração. Quando se exige menos da vida, há
menos dificuldades, menos ação de baixo estima, menos opressão de si mesmo.
Porque exigimos muito de nós, e gastamos energias com futilidades. Daí, o
cansaço que é dado de presente á nós. Tudo o que temos é o que merecemos,
porque é isso que atraímos. Às vezes, abrimos portas inversas e lá se criam as
incertezas. A infelicidade de não ter conseguido aquilo que se quis. Este é o momento
em que somos colocados á provas devido às contrariedades que se mostram já
querendo fabricar raízes.
Que nota nós ganhamos ao tentar assegurar uma prova? É individual.
Todavia, por vezes, parcialmente o problema é nosso e são esses que nos deixam
descabelados porque dependemos de outros para resolução deste. Complexo. O
ritmo da ação esperada é individual, senão em grupo gera paciência.
Agimos de acordo com o que somos e sabemos, e com o que de
fato aprendemos perante a vida e com as pessoas. A cultura que nós deixamos
infiltra-se dentro de nós se fazem presentes quando testada a nossa capacidade.
Nossas mentes se aprisionam á tais encantos, mas nossos
corpos estão livres. Não compreendemos a imensidão que nos cerca. Há as
intuições, os pressentimentos, as descargas de pensamentos que parecem
estranhos, mas não são. Entretanto, o livre arbítrio nos coloca em prova
sempre.
Quando aquele pensamento nos enfada, lutamos para fugirmos
dele com sucesso ou não, depende da velocidade do pensamento. Mas, uma ideia
que pareça construtiva e vem á calhar, é o momento de descrevê-la. Em algumas circunstâncias
essa inspiração que é de nossa essência talvez não sirva a nós no momento, pode
servir á outrem, pois o excedente em nossas vidas é o que falta na vida de
outra pessoa.
Nossa mente edita as palavras, o coração forma a melodia e, o
corpo dança, conforme a mente e o coração progridem naquele momento. O conjunto
todo em uma única sintonia.
Nossa atuação perante os problemas é que gera as nossas doenças
na medida em que em excesso resulta na enfermidade das quais nós é que
buscamos. Quando se aceita aquilo que não pode mudar é indício de sabedoria.
Todas as coisas na vida tem prazo de validade. As fases
passam, as pessoas evoluem ou ficam na mesma só de forma diferente da de ontem,
nada fica igual.
A vida está aí, passageira e curta. A conquista da
felicidade é responsabilidade pessoal e intransferível. Como muitas línguas já
falaram e muitos dedos já escreveram, a paciência é um dos trunfos para as
cartadas finais de dificuldades que movimentam o nosso conjunto todo, pois nos
fazem perder tempo e queimar neurônios sem necessidade.
O fácil quando vem não nos coloca na mesma prova de quando
vem o difícil. O fácil é como um teste indolor, que mal sentimos de como, e
quando veio, e também a hora de ir embora. Quando nos acostumamos vai-se com o
vento. E o difícil, é dolorido, aventuroso, mas é dele que vamos montando nosso
próprio quebra cabeça. Depende do indivíduo, se quer dificultar ou facilitar
seu caminho. As notas que a vida dá, são as bases que temos para seguir até
ganhar o diploma.
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