Um assovio primaveril
Cala o vento,
Nos sobrados da balança.
Cala a esperança quando a dor
É desalento.
Se me tocas, a empatia é
gerada.
Mas da boca não sai nada
O que sai é sentimento.
Assim, morro de ideias,
E não de tormentos.
Me ames, o quanto quiseres
Não sou dessas mulheres
Que se apega.
E não nego minha essência
E nem minha quimera.
Sobrevivo de poesias
E eu jogo às veras.
O resto é do jeito que é
Já existe mesmo.
Nesse mundo não real
De sentidos a esmo.
Tudo é imitado
Então me calo quando o mundo
fala.
Não há nada do que inventar
Só refazer a mala.
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