Como se chama essa persistência?
Os teus
olhos de mar, riram, mirando as minhas pupilas
Falava uma
língua da qual ninguém entenderia
Era único,
valia ouro, se pudesse eu navegava nos teus
Para nunca
mais sair desse céu, se saísse, eu morreria!
E desde que
tua imensidão se traçou em minha mirada
Eu fiquei
assustada, mas me aprofundei nesse teu olhar
Era algo
estranho, inquietante essa nova jornada
Mal sabia eu
que poderia novamente me apaixonar.
Se tuas
retinas pudessem ler o livro do meu coração
Poderiam
ficar perdidas, inebriadas, ou agoniadas
Nesse tanto
de coisas que tu plantaste e misturaste com minha razão.
Que fizeste
comigo, tessitura enfurecida de amor engaiolado?
Tocaste em
meu âmago, e lá costuraste tuas ideias no meu altar
Agora, quando
sinto a tua doce leveza me transcender.
Não sei se
sou eu, ou se é você, com clareza de essência
Que depois
de misturadas já se fundiu num gosto sublime
E como se
chama essa persistência?
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