Só queria, apenas, companhias que me permitissem ser quem eu sou.

Só queria, apenas, companhias.
Que me permitissem ser quem eu sou.
Tô cansada
de ficar ensaiando doses de ironias
De ficar
fazendo cara de paisagem
Nesse avião
de passageiros não certeiros.
Nessa fase que que ninguém se permite...
Eu quero uma
atitude sem véu
Eu quero que alguém me diga
qual o gosto do céu!
Quero voar
profundamente
pelas redondezas do mais sutil sentimento
E carregar no peito, aquilo que interessa!
E não mais navegar pela margem!
À margem
todo mundo já fica.
Quando não se sabe para onde ir.
Quando
ninguém vê
As bocas
falam muito
E quando os olhos alheios estão por cima
Dizem que
rezam, e abordam a moral;
os princípios cristãos,
a boa conduta,
eu tento isso, eu tento aquilo
faço o que é certo
e blá, blá, blá.
Qual é a
verdadeira fraqueza alheia?
O medo de
não ser correspondido
seja qual
área for da vida?
Por que
tanto receio de arriscar
Ser quem se
é?
Por que
tantas mágoas nas raízes da alma?
Mal sabem
que isso gera câncer!
Que isso dá
pressão alta,
Por entupimento
das veias do espírito.
Só queria,
apenas, companhias.
Que me
permitissem ser quem eu sou.
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