Inferno egocêntrico
E por tão “pouco”
Entrei no vício
De tentar esquecer
O real tão puro.
Mas, é impossível
Quando se convive
No mar dos vinte
Num inferno egocêntrico.
O tempo mal tem paz,
um diazinho registrado por limpeza sonora.
Sinto falta do som natural.
Todavia, esse som que rola
De porta em porta
E incansavelmente
abafa o som natural
e o faz ser esquecido
por correntes que não sabem criticar.
E de repente tudo muda.
Você olha pela porta
Dos teus olhos,
E lá está outro inferno
Mais egocêntrico ainda,
Sugando a tua energia.
Hoje se tem muita crítica
E pouca obra.
Representatividade
Mimeses.
O original se esvaí
Vira sombra
De um natural sentido
Sem ter sentido algum.
Um real imaginário.
Quem sabe amanhã....
Algo aconteça.
Mas, no hoje
Só temos esfomeados
Miserentos
Ignorantes
Uma bolha que guarda essa gente!
Vivem assim porque querem?
É o que conhecem,
Mas o comodismo tem vida própria.
Misericórdia!
Só queria uma tarde de silêncio.
Sem nenhuma porcaria...
Obstruindo
As minhas vias internas
Bloqueando o meu canal
de comunicação.
Quero um céu abnegado.
Só isso.
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