Amor de Juventude
Naquela época minhas pernas tremiam.
Meu corpo tremia.
Minha voz tremia.
Meu olhar tremia.
E, parecia que a cólica não tinha
fim.
A tontura me dominava me arrastando
pelas beiradas de agonia.
Era um desespero para não ser
notada.
Eu bem que queria.
Lá estava ele, sorrindo feito garoto
levado.
Eu apaixonada.
Como era bom aquele tempo de
inocência em que eu me divertia temendo que ele descobrisse o que eu sentia.
E toda vez que ele aparecia lá ia
tudo se tremer novamente.
Eu me escondia na minha timidez.
Mas não deixava de olhar, aqueles
olhos, aquela boca, queria tanto aquilo voltado pra mim!
Um dia ele descobriu e eu fiquei
ruborizada.
Lembro como se fosse ontem.
Ele veio até a mim.
Pediu para ficar comigo.
E, eu o chamei de meu príncipe.
E toda aquela tremedeira havia
passado depressa.
Amor de juventude, como passa
rápido.
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