Olívia



Cai a noite,
e para uns
nesses uns distantes,
São apenas instantes,
é só mais um noite.
Uma noite corriqueira.
Cheia de coisas a ser feitas.

Para Olivia, cheia de olheiras 
tem que fazer o jantar
colocar a roupa para lavar
o uniforme do filho tem que passar.
que vai à escola cedo da manhã
E ela se acorda mais cedo ainda,
come uma maça, 
prepara café da manhã,
para o filho, saem juntos, e ela
vai trabalhar.
Mal ela dorme, mal ela come
e a chuva reza.

O caminho é longo, 
tem que pegar quatro ônibus
mal dá para pensar em fazer um curso.
Melhorar de vida.
Quantos sonhos guardados,
mal consegue ser atrevida.
A honestidade é seu sobrenome.
Só ganha para pagar o que come.

Durante o dia, onde naturalmente
estabelecimentos comerciais
são cheios de corpos,
residem almas em estado de inércia.
Olívia quase não reage ao mundo,
Foi deixada por Raimundo
Que matou esperanças guardadas
Ela se sente uma azarada.

Mas toda noite
quando Olívia sobe o morro
reza a Deus um socorro
para que seja amparada
que jamais  deixe desamparada.
Por essa triste vida sem sol.

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