A vida: uma fração de segundos
No mesmo instante em que você sorri,
no outro você chora.
A alma implora por alívio,
e vem a terrível sensação de mal estar.
Falta o ar,
e parece não ter fim,
não ter para onde ir.
Somos instantes.
O vendo varre os resquícios de outrora.
A esperança vai embora.
E a cidade toda se apaga,
na esperança de rebobinar o instante
que levou o agora.
São tantos adeuses ultimamente,
às vezes, talvez de repente,
o céu azul com gotas de chuva
pode mudar seu curso, sua cor,
pode não ser mais permanente.
Quem disse que estamos aqui para viver no ócio?
O ócio é que nos traz essas profundas depressões.
Para isso, existe a arte,
para extravasar,
e para que não haja a morte.
da alma.
Porque não sorte que atrase a falta de calma.
Não há elixir para não sentir a dor.
Ele se foi como uma bixinho,
que se esconde atrás de uma árvore,
com medo do que pode acontecer.
Agora é terra, fogo, água e ar
onde está?
eu não sei.
Mas virou o que tinha que virar,
misturado à essa existência cheia de átomo,
a cada partícula, minúscula,
que a natureza move.
a vida é uma fração de segundo.
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