verbos que eu não sei conjugar



Alguma vez, tu já percebeste,
Que por mais que o esforço te segure,
o peso do mundo te acompanha,
e não há céus que espere?

Alguma vez, de portas fechadas, 
vestes rasgadas,
foste um ser largado à traças?
para morrer de graça,
com as vozes inflamadas?

Ai de mim!
que passei dias,
tantos dias,
enfurnada dentro da minha mente,
e de repente, lá não estava mais.

Foram turbilhões de sensações,
emoções a morenar a saliva pálida.
São sorrisos de gralhas que veste os pulmões.
O cuidado com as máscaras é relevante,
não há expurgo que limpe a alma,
são vadias negociações de oportunismos baratos
que seguem contentes, entretanto, irritantes.

O conhece-te a ti mesmo,
sai para passear todos os dias,
mas que seja dentro de ti.
às vezes, sem hora para voltar.
Veste cinturas altas, difíceis de acalçar.
Não aprenda o idioma que te machuca.
Vá para onde ou com quem você gostaria de estar.

A vida se alicerça naquilo que não conhecemos.
Nos ensina verbos que não sabemos conjugar.
Nos dá o que não sabemos usar.
Porque ainda, estamos aprendendo a ser civilizados.

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