Ao cair da tarde
A tarde traz a sua beleza
inimaginável de perto. Um coral de pássaros espalham seus cantos para ouvidos
que os querem escutar. O sol dá seu espetáculo enquanto se despede para que a
lua possa ocupar o seu devido lugar.
Beethoven adentra o cenário de
representação e me faz ter emoções sacudidas sem nenhuma palavra, porque a música
me empurra para determinados pontos emocionais. O dia imprime uma ideia artística
nas notas musicais.
O astro do dia cruza o horizonte e se
inunda de um céu azul cristalino. Sem vento para carregar as nuvens que estão ali,
tão brancas e tão perfeitas, misturam-se á ele. Seus raios alaranjados esvaem
aos poucos, e ilustra uma arte no espaço infinito. Naturezamente glamouroso.
Chopin também entra no contexto com “Prelude
Op. 28 No. 4”. Essa mistura de elementos me transporta para o mais sucinto
recinto que é meu universo particular a registrar no meu mundo, neste final de tarde.
Até que a noite cai e resolve
aparecer negra e majestosa. O brilho do céu envaidece o mar quieto em momentos de
espumas deixadas na areia. Lindo, em seu imenso infinito de gotas brilhantes. Há
uma constelação sobre ele.
As luzes agora acendidas clareavam a
noite, embora a lua também exerça o mesmo papel. Só não há como compará-la com
as luzes da cidade, pois seu brilho é único e intangível.
O fim de tarde me trouxe aos ouvidos
o silêncio externo para que o interno se aventurasse a utopia viajante.
Majestoso seja este final de tarde.
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