Canhenho
Estive pensando muito
em nós dois
Busquei nessas linhas
nossos registros
Que eu antes não
entendia quando escrevia
Mas que agora soava
floreado aos meus ouvidos
O vento frio me
trouxe a sorte de reviver
Aquele contexto que
me fez te lembrar
De como veio às
memórias para tão perto
E não mais longe,
logo, te reencontrar.
Pensei em todas as
palavras dialogadas
Das conversar sem fim
Quanto assunto nós
tínhamos
E que nenhum momento
era ruim
E que nos versos
mudos encontrados
Só você sabia
compreender
Debatíamos temas da
época
E do quanto
gostávamos de ler
Eu que estava lá
naquele espaço oculto
Na sua mente inquieta
e vibrante
Sei que não sabias
nada de mais
Até me achar naquele
instante
Eu te sorria de um
jeito singular
Que só você sabia interpretar
Os dentes mostrados
eram de alegria
Tais pensamentos
navegaram em alto mar
Os conceitos eram
incessantes
A mente não parava de
idealizar
Danças de textos
constantes
Se fundiam num só
poetar
Agora revendo no
canhenho
Lembro que um dia
você me ditou
Que não havia alguém
como eu
Que persistisse tanto
que te ganhou
Confessamos coisas
que ninguém sabia
Coisas não ditas á
ninguém
Os indivíduos não nos
entendiam
Pela falta de bom
senso para ir além
Eu te descrevi várias
vezes
Sei que algum texto
foi notado
Até disse que era
especial
E acho que você ficou
impressionado
Sou simples assim
Como outra pessoa
qualquer
Mas o que me faz ser
especial aos teus olhos
É ser alguém que te
sente como você quer
Ainda te escrevo
Continuarei te
escrevendo
Em todos os tipos e
gêneros
Enquanto em ti
continuar vivendo.
Pois em ti sou um
pouco de mim
E em ti encontro fragmentos
de mim
Tenho em mim tudo o
que posso de ti
Enfim, tu és eu em
mim.
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