A vida é uma metáfora
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Você é a única pessoa que consegue interpretar o seu mundo. Porque só você tem a liberdade de se conhecer inteiramente. Há
elementos importantes que podem ser agregados a uma boa interpretação: o amor,
a caridade e o desapego. Estes elementos nos levam aos caminhos possíveis de
serem satisfatórios e sem ilusões. Além disso, nos ajudam a passar pelas provas
implícitas que a vida nos impõe como obstáculos. Só vamos colher o fruto da
semente que plantamos em nossos caminhos lá na frente se desvendarmos esses
sentidos dentro de nós.
A mente, o corpo e a alma trabalham as
futilidades e os desperdícios. A alma absorve e registra tudo o que fazemos e
recebemos de nós e dos outros. A mente processa as informações de acordo com
seu limite e, o corpo é o instrumento que executa as tarefas árduas; muitas
vezes nem sentimos o quanto ele sofre com as nossas atitudes imaturas, por
vezes, despercebidas. Portanto, esses elementos se somam, sendo eles bons ou
ruins.
Há destruições de egos dentro de nós, tal qual, uma guerra, da
qual nem imaginamos. Não só, ela acontece toda vez que esses fatores fogem um
do outro como se fossem independentes, mas não são.
Quando há um entrelaçamento de ideias que se destinam para
os mesmos lugares, há mais motivação porque tem foco. As metáforas são amiúdes
e delas é que temos que buscar as informações mais adequadas. Uma vez que, interpretar
é desvendar sentidos, não os que queremos, e sim aqueles que precisamos de
fato.
Há maneiras de saber o que temos que saber. Uma delas é
buscar conhecer de verdade a si mesmo, sem nada a esconder a nós mesmos.
Quando nos analisamos sem preconceitos, sem limitações, sem vestígios de
qualquer bloqueio que nos faça não enxergar o real daquilo que somos, logo, as
portas e janelas da alma se abrirão. E, tudo o que está lá vai se desprendendo aos poucos
em prestação, até nos acostumar a querer ver o que escondíamos. Só basta estar
pronto e as coisas virão automaticamente.
E quando isso acontecer, a vida não será mais uma metáfora.
Literalmente nos conheceremos nas diversas ações das quais antes não sabíamos
ser capaz de conhecer. E você descobre que, pode ser mais do que aparentava ser.
Que o que se apresentara aos seus sentidos e a sua razão era algo que costumava
fazer parte da sua visão limitada, aquela que você criou e que a cegueira não
deixava. Mas estava ali, o tempo todo só esperando você estar pronto para ver.
Deixamos passar coisas tão simples e singelas, como uma
simples mensagem que passa despercebida e que poderia nos acrescentar; como o
canto dos sabiás tão alegres que pareçam que nada mais existe de tão
maravilhoso para ouvir; e como reparar se as pessoas ao seu redor estão satisfeitas ou
não. Seguimos pelo lado oposto, o difícil, por isso as metáforas são tão
presentes.
É muito difícil entender a mensagem quando o sentido
verdadeiro a ser compreendido não está claramente ali, na frente dos nossos
olhos carnais, no entanto, os olhos da alma não se deixam ver pelo escudo que
criamos para proteger aquilo que temíamos saber. Mas também, o medo que habita
nossos pensamentos, sendo um produto imaginário, nos faz temer coisas que talvez
nem exista e nem existirão. E tudo isso faz parte de uma escolha, o medo é uma
escolha. Ele bloqueia os sentimentos de amor, de caridade a si mesmo e ao
próximo e principalmente, o desapego. Uma vez que achamos que a felicidade está
em alguém ou em algo. A felicidade então se torna a dependência de algo para se
tornar realidade.
Assim, cabe a nós mesmos acionar os melhores mecanismos para dar conta do
entendimento das metáforas. Pois as mensagens nem sempre serão evidentes e
compreendidas enquanto o lado sombrio de cada um bloquear as verdades
aprisionadas. Se você tiver domínio sobre a si mesmo, saberá interpretar todas
as metáforas, porque as respostas estão dentro e não fora de você.
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