Abstrato de ideias soltas pelo ar


As más influências deixam o véu da ilusão domarem o momento.
Enrolados na profunda sensação de nada saber de nada.
Há as verdades internas, será que vão aparecer?
Momentos que nos trazem novidades talvez não as sejam
Pessoas que nos relevam o que não queremos ser
Rostos abstratos que não sabem o que querem expressar
O conhecer para de certo se transformar, daí as transições.
Não se é assim como se parece ser, no entanto ainda se é.
A vontade de crescer tem que partir de dentro
A convivência com mentes dissimuladas faz parte.
É assim que tem que ser, não há como ser antissocial.
A sociedade nos obriga a conviver artificialmente.
Nos descobrimos entre loucos e loucuras que os outras acham ser.
As pessoas talvez nem mudem por preguiça, não querem arrisca-se.
Mas o que sabem da vida? É a representação da realidade?
Será que conseguem controlar seus desejos, sentimentos e impulsos?
Dirigir a própria vida de modo ético e sábio?
O que será que se passa na mente de um mendigo lá no Centro?
Ou será que não passa nada porque ele já desistiu de pensar?
Bem aventurados são aqueles que sabem ligar e desligar
Os interruptores interiores, que observam a vida não como uma ilusão.
Mas sim como a realidade do que se é sem protestarem.
Pois sentem a estrutura, a origem e a finalidade da vida.
Sentem, mas não sabem como inteiro. Por isso, as perguntas infinitas.
Conhecer, falar e agir. Buscar, buscar e continuar buscando dentro de si.
Mas o que há por trás de pernas apressadas que só querem passar?
Para onde vão? Qual a pressa? Vão chegar de qualquer jeito a qualquer lugar.
Às vezes, as coisas se mostram confusamente.
Quais os motivos e as causas para pensar o que pensamos?
Há energias invisíveis que nos influenciam mais que pensamos.
Admiramos, contemplamos e nos assustamos.
E talvez, as pessoas nem pensem em olhar para si como se fosse outro.
Olhar o seu próprio mundo como se fosse outra pessoa. Seria mais um?
Ou como se nunca houvesse qualquer tipo de contato com as coisas
Com tudo aquilo que nos deu algum saber.
As pessoas, as coisas, os livros, os professores, a família, lugares...
Qualquer tipo de linguagem verbal e não verbal.
Seria como nascer de novo. E se perguntar: o que eu sou? O que eu sei?
Coisas assim, pois sabemos das coisas e ao mesmo tempo não sabemos.
E coisas se tornam incompreensíveis, estranhas, taciturnas, e loucas.
Todo mundo diz e pensa ou todo mundo pensa e diz? E a ordem certa? 
E a atitude crítica, que muitos pensam serem maledicências?
É automático olhar primeiro o lado negro de todas as situações e pessoas.
Quando não se há um suporte de conhecimento e equilíbrio.
Somos meros humanos breves e frágeis.
Tão pouco tempo para fazer tanta coisa ao mesmo tempo
Temos espaço e tempo sem saber usá-los direito.
Tem pessoas que só querer compartilhar e não querem se mostrar.
Tem pessoas que só querem se mostrar sem desejar reciprocidade.
Sem se importar com o que outro tem a dizer, dotados de amor-próprio.
E o mundo não seria então, mudanças e repetições intermináveis?
Como nossos corpos mudam e não percebemos os processos.
Como um objeto escurece com o passar dos tempos.
Como uma criança que de repente se torna adulta e pensa por si.
Como o inverno que passa e, o frio vai embora e logo vem o verão ardente.
Como o sol que se manifesta estupendo lá em cima e logo à noite o cobre
E como a tarde de domingo que passa rápida e logo já é segunda-feira.
É possível perceber tudo isso?
Como nos encontrar nessa imensidão que nos é?
Será apenas necessário navegar nos pensamentos e nadar na consciência?
Ora, corremos o risco que nos perder na imensidão que nos é.
Como se isso fosse uma tarefa diária e fácil como conduzimos nossa vida.
Utilizamos do conhecimento para usar os ingredientes e fazer um bolo bom.
Vislumbres e sensações são mostrados como faíscas intangíveis.
É como dizer "está na ponta da língua" ou "deu um branco".
Se ultrapassarmos as barreiras do ego e do medo, seríamos mais leves.
Quem sabe seja possível muitos questionamentos serem respondidos.
Perceber o que é que o coração está manifestando.
Aceitar as dificuldades, pois todos nós temos que passar por elas.
Aceitando é mais fácil. Sempre. Isso é certeiro!
Entretanto, as ideias não vão parar de serem geradas.
É o abstrato de conceitos soltos pelo ar para quem quiser os ler.
Isso é o que tem para hoje, e amanha é outro dia e terá mais.




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