Assim que fechei os olhos
Vi-me em tais braços
Junto com certos
passos.
Entorpeci meus
sentidos.
Na presença desses
abraços
Inquietantes aos meus
ouvidos.
Aquela voz soava
depressa
E dos impacientes
alaridos
Tornavam-se ecos
Não ouvidos.
O olhar silenciava
Qualquer que fosse
O intrometido
Entre nós.
As mãos grandes
Procuraram as minhas
Que se igualavam
Em dedos compridos.
Fixaram uma na
outra.
Segui seus pés
Que pareciam
urgentes.
Queria me mostrar um
lugar esquecido
Onde eu entenderia
qual razão.
Ele dizia que meus
olhos
Não mentiam
E sentia que a minha
presença
Era tudo o que ele
poderia querer.
Enlaçou-me com todo carinho
Cuidando de mim.
Aos cortes de cenas
Vi-me presa aos seus
lábios
Carnudos e mansos.
Com urgência em me
ter
Com toques
apaixonados.
Momentos deliciosos
e inesquecíveis.
Depois de muito
bagunçar um ao outro
Vi-me numa cama de
solteiro.
Não havia mais nada
Além de nós dois
Nos amamos ali mesmo.
Como se fosse um ato
costumeiro.
Trocamos salivas e
encantos.
Parecia que as
nossas bocas
Tinham sido feitas
para estarem coladas
Uma na outra.
Pegamos fogo!
Daquele difícil de
ser apagado.
Era desejo para todo
lado.
Até as vontades
saciarem.
Os olhos castanhos
Juravam-me alguma
coisa
Da qual eu sentia saber
O coração já
acelerava
Sabendo o momento de
partir
A qualquer momento findaria
Tudo ia se esvair.
Então, abri os olhos.
Vi-me sozinha
Na cama bagunçada
Sentindo falta de
alguém.
Fiquei com a
sensação daqueles beijos
Ainda presos aos
meus.
Senti saudade.
Quando enfim
Despertei.
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