Essa coisa de não conseguir disfarçar.
Muitos vezes eu me pergunto por que tenho que
passar por tudo isso.
Por que esses nós na garganta não desatam de
uma vez?
O meu coração quer pular pelos caminhos, mas
não pode.
Ele tem que passar pelos caminhos certos, sem
trapaça.
É que muitas vezes, embora intenso, algo
surge no caminho.
As tentações conversam comigo para tentar me
desviar.
Surge aquela sensação de querer fazer algo que não se pode.
Vontade e desejo, que se juntam numa dimensão
abstrata.
E que me convida, com toda cara de pau, para
um chá.
E o chá é meu preferido, aquele que eu jamais
recuso.
E toda essa euforia acontece em momentos
efêmeros.
Mas, que deixa marcas bem concentradas lá no
peito.
Se um dia isso passar eu vou agradecer, ou talvez sentir falta.
É como uma onda gigante que não te dá opções para nadar.
Ela vai lhe levar e você não tem como dizer
não.
E o mar se mistura com lágrimas de impotência.
O não poder fazer nada diante de tal situação.
O não poder arriscar-se diante daquilo que rodeia, que te quer.
É uma fraqueza de enfraquecer até as parte permanentes.
Dói profundamente o lado interno, porque ali está a fonte.
Do que é e não é ao mesmo tempo em que decide ser.
E não é tão simples de explicar, ou melhor, é impossível.
Porque isso me doma, e tentativa de fugir não tenho sucesso
Quando tento disfarçar, o rubor facial
aparece.
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