Instante carnal




Soou como um grito desarrumado no recinto
A euforia de uma noite de brisas suaves
De qualquer incerteza sobre as vidas.
Enquanto isso, aquele corpo estava inerte
Aos pés do meu ouvido beijava a minha carne
A paisagem que eu via era inaceitável por durar tão pouco.
Ainda que as paixões sejam, em suma, necessárias.
E, por vezes, tão desperdiçadas com coisas sem sentido.
Ah, essa carne que ainda me chama, que ainda me seduz.
E que nos muros das ilusões, nem se demonstra que se engana.
Se quer apressadamente aproveitar qualquer troca de energia carnal.
O que dá prazer efêmero, certeiro e anonimato.
Naquela escultura perfeita e cheia de sentido.
E é isso que a carne é! Um anonimato de prazer perfeito.
Visto que quando solta-se das vertentes,
Conhecidos pelo tempo breve, e intenso.
De vontade inenarrável tão sucinta, de saborear
Há quantidades de sensações que deslumbra o espírito,
Mas, quando vem o nascer do sol, molda-se a personalidade
E volta-se à cortina nos olhos que eram seduzidos pela carne.
E tudo não passa de um momento,
Assim como comer algo muito gostoso,
Ir à festa mais louca e dançar do que jeito que se gosta
Ou, estar perto de pessoas interessantes e envolventes
Assim, é exatamente a vontade pelo tato.
Somente um instante.

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