Mais palavras na poesia
A noite transborda carnes
frescas nas calçadas
E pernas se lançam correndo
pelas vias cinzas
O mar respira o ar grosso
poluído que cai
E vida se externa calma e um
pouco ranzinza.
Pés cansados já não sentem os
cacos de vidros
Já que são acostumados a
sentirem a dor
Sombras ecléticas invadem a
noite, saltam
Ninguém sente ou transmite,
só tagarelam o amor.
Cidades internas adormecem
sem dar primazia
Ao que de fato é o que
mais importa
Estão todos fadados a vacilos momentâneos
Mas, quando precisam de ajuda,
vão de porta em porta.
A estrada dos pensamentos é
mais suja que privada
Não há caminho limpo porque
não se vê vontade
O brilho por mais que brilhe,
não ilumina os lugares
Um corpo maltratado perde a
força com o peso da vaidade
A boca fala muita besteira, e
só 10% é aproveitável
Quanta tolice é preenchida, e
mais tempo desperdiçado
Um mundo mais banal é mais
bonito de ser vivido
Quando o fácil se torna
presente e privilegiado.
São internos em suas próprias
alas sem ar
Onde fantasiam um mundo que
não é real
A realidade é mais que
felicidade simples
Mas ficou falsa, e tão
perigosa que virou morte viral.
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