Quando vem o frio



E se eu sentir frio?
Meu cobertor de orelha...
Se eu sentir frio...
Eu ficarei do lado
Dos livros de poesia
Dos livros de amor
E quem sabe do meu amor.
Beethoven! Aquele fofo!
Que anoveou o meu coração.
Encostar-me-ei nele, todo peludo.
E me esquentarei com suas vestes grossas.

Aquele frio cinza
Que me invadiu à vontade
Até a pouco tempo
Que me deixava enregelada.
E me pergunta se quero mais
Yiruma inunda o cenário
Com Love me
Idolatro a música no frio
Pois ela aquece a minha alma
E assim eu não me entorpeço congelada.

Penso nas tempestades solitárias
Que já passei no frio.
Nas noites em que escrevi muitas poesias
Embaixo do cobertor.
Examinando as minhas palavras internas
Para por no papel que se esticava
À mercê do lápis que minha mão segurava.
Já passei muitos dias de frios
Em que o céu não era o limite.

E em dias de frio
Puxava uma meia para meus pés
Colocava uma música clássica
Pegava um livro
E depois, deitava em minha cama.
O frio passava.
As ideias então fervilhavam.
E logo, meus dedos queriam escrever.
Eu sempre tive muita inspiração no frio.
E o frio uma se esvai
Assim como os conceitos
Assim como o dia
Assim como a vida.

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