Soneto ao poeta Marquês


Deus abençoe esse olhos que sabem ver
Esses ouvidos que ouvem com atenção
Porque se não fossem esses sentidos
Tudo passaria e nada se notaria com precisão

Marques, você é a melodia não cantada
Onde suas palavras tecem sabedoria
E quando ameaçam se acabar por estas linhas
Deixa um gosto de quero mais da fala não falada.

Letras as suas, filosóficas e não temidas
Recheadas de ternura e desejo em ventanias
Curvam-se à terras nas manhãs aquietadas.

Se você soubesse o que a poesia faz com você
Não deixaria de escrever da manhã até o anoitecer
Pois palavras lindas tem que ser ditas e não guardadas.

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