A vida não para

É pouco
tempo para se aproveitar de verdade
E muito
tempo que é desperdiçado por aí
Com vastas incertezas
e inverdades.
O barco vai
afundando a cada remada
Se têm nada
quanto ao tudo
E ao mesmo tempo tudo quando não se têm nada.
Se diz mais
não do que sim
E mais sim
quando é para dizer não.
As flores do
campo já tem seu fim.
Os
sentimentos são guardados na gaveta
O espelho só
serve para maquiar o reflexo
Sem contar a
sujidade aglomerada desse planeta.
Os “cegos”
vivem no conforto de não ter que ver
Se escondem
atrás de pseudossábios quando o circo pega fogo.
São escravos
das próprias opiniões que temem dizer.
E o tempo
passa não querendo passar
Quando torcido
só se vê manchas no chão
O que era
para sobrar é deixado faltar.
A verdade
está num canto da sala
Debaixo do
tapete ruborizado
Quando é
para falar, o tolo se cala.
E nada de
novo acontece com o nada
Já que todos
estão calados em suas cascas gastas
Enquanto a
vida passa, a fé pelo vento é levada.
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