Versos soltos




Meus pés seguem seus passos
Pela areia roxa da praia
O azul do céu em fusão com teus lábios
Cujo calor escaldante o esmaga
Com a vermelhidão que brota
E que nos funde num só verão.

Calor desnudo, que afoga as mágoas.
Ridiculariza o inverno, lançando ao mar
Fica querido, sabe que o frio é mais pedido.
E quando sente no umbigo o deslizar
Sente somente afogar pelos fios de resquícios
Onde há lugar pro frio, não há pro calor.

E quando a lua se lança na noite quente
Banha todos que estão a admirando
Noutras noites sua beleza não era igual
Da multidão adormecida, em suas camas boxes
Alguns por cento que a olhavam de vez em quando
Entoteavam por tamanha sensação sublime.

Nao é qualquer dúvida que é sanada
Nao é qualquer gosto que é gostado
São multiculturas soltas pelos arredores
Que ao invés de morrer de amar
Preferem o paulatinamente amar de morrer.

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