Cadeado do amor
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A rosa branca vestia-se de seriedade
A noite a imantava de um jeito sem
igual
Era rara aquela beleza em plena
mocidade
Tão pura, tão bela, tão rica e
angelical.
Mas sentia-se
distante do mundo
Habitava em poesias
longitudinais
Arrepiava-se com
versos de amor
Estendidos no tapete dos
tempos espaciais
Um dia ela conheceu um sujeito
simpático
Este também se aventurava em versos
Ditava alguns pelos seus lábios
tranquilos
E a fazia levitar pelos seus sucintos
universos.
A rosa branca se apaixonara pelo
sujeito
Que sabia como a encantar tão
simplesmente
Todos os dias eram textos de amor
intensos
Cobertos de recheios, cores e
enfeites.
Mas o sujeito não era
de todo perfeito
Umas falhas vieram se
manifestar
Rosa branca buscou
entender seus motivos
Sabia que nem tudo
era o que se via pelo olhar
Ficou distante do sujeito encantado
Este em questão, os versos foi guardando.
Talvez por imaturidade dele próprio
Ou a falta de compreensão da rosa que
ele estava amando
Rosa se pôs a refletir nas ações de
outrora
Analisara à sua maneira os certos e os
errados
Decidiu que era inerente do ser humano
E não podia evitar sabores amargos
Ouviu um barulho no
portão da residência
Foi correndo para
saber o que era
Uma caixa vermelha
com fita verde
Mostrava-se com um
fio de quimera
A sensível pálida rosa branca
Chorava no campo da saudade
Abriu o presente do amado
E postou um sorriso de felicidade.
Enroscada de alegria,
pulou e pulou
Escrevera dois nomes no
presente
O seu e o dele em
formato de coração
No cadeado, como um selo
de para sempre.
Seu amado então voltou a reinar em seu
mundo
Levou-a com carinho à ponte dos
cadeados
E juntos trancaram seu amor
E o assunto das mágoas já estava
encerrado.
Ela
prometera não mais o julgar
Que
o amava e não queria se separar
Ele
declarou que não vivia mais sem ela
E
selaram a cena com um beijo, em frente ao luar.
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