Meu J...
Penso confusentamente nos laços
que nos laçam
O coração não é tão simples
quanto pensamos
Já paraste para pensar quantas
coisas nos envolvem?
Quantas oportunidades estão na
fila para nos ver e
Para nos abraçar de uma vez por
todas as outras?
Os sentidos ficam em alerta e, às
vezes, a sós.
E não é somente um passar de
tempo carregando navios
É um passar de energias
provisórias fragmentadas
Deslocando-se em cantos feridos
de agonia sem sentido.
Que por mais efêmeras visíveis,
são eternas, alocadas.
À mercê de possibilidades que
talvez nem existam!
Mas, que para o nosso alimento de
cada dia, pensamos existir.
Tu tiraste um véu e agora que
consegues me ver.
Assim como eu tirei o meu, e te
vejo claramente.
Mas o que eu faço com essa
tortura de não poder te ter?
A saudade que sinto, por vezes,
se esvai sem dar tchau?
A vontade que sinto cresce à
medida que te sinto me sentir.
E isso está se desenvolvendo
abstratamente quando tu me ouves.
E te sinto navegar pela minha
imensidão figurativa.
Além disso, não há caminhos que
sejam fáceis assim.
Não nesse sentido de querer o que
se quer sem poder ter
Na hora que se deseja e sabe que
não dá para ter.
Entretanto, se tudo isso for
somente uma ilusão?
Um tipo de teste para nos levar a
lugares distintos?
Tu mudarias teus pensamentos, meu
doce?
Tu fugirias desta vida que o
prende e o deixa confuso?
E no fundo, sabendo que eu sou
somente seu veículo
Para te tirar dessa obscuridade
que te encontras?
O que tu farias meu amor?
Ah meu J... eu já não sei, mas
sei que te tenho em meu coração.
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