Procura-se o tempo



Cadê aquele tempo que eu antes tinha?
Nas tardes agora, textos, livros e cadernos, sem correria.
Das colunas de sabor doce
Do gosto de maresias.
Do sabor do nada à deriva de verdades.

Aonde anda o tempo que é meu?
A poesia me invadia de um jeito intenso
Eu pegava meus papeis, jogados ao relento
E me dedicava há alguns minutos a escrever
Mas cadê esse tempo?
O mundo me dá tarefas o tempo todo
Até de madrugada, na hora do sono.

Eu tinha tempo de apreciar o cantar dos pássaros. 
Eles falavam comigo.
Hoje só os escuto.
Sinto tanta falta deles!
Meus pequenos cantarolantes!

Procura-se o tempo
Que se perdeu por aí
Foi preencher vidas perdidas
Talvez até descansar de tantas lamúrias
Que não o aproveitavam.

Quanto falta para ter tempo?
Estou declinando em veias mortas

Meu sangue pulsa descontente com a má circulação.

Quero meu tempo de volta
senão poesias sairão tortas
pela falta de tempo.
:/

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