Certeza do amor


 Ela sabia que era muito bom estar sozinha, não havia responsabilidades.
Seus olhos diziam que amavam a liberdade, a fragrância da solidão.
Mas, agora, havia um sentimento intenso se mexendo dentro dela.
E eu vi quando seus olhos de pitanga arrastavam-se de um lado a outro.
Ela disfarçava, e uma dificuldade de se expressar era notável.
E logo, veio uma cachoeira de lágrimas, demonstrando a dor.
Que a revirando ao avesso, transmitiam medo de causar desgosto a alguém.
A dor apareceu quando a imagem veio a sua mente, e jorrou um pranto.
- Por que tudo isso está acontecendo comigo?
Ela se questionava. Era durona e sabia que não gostava de chorar.
- Porque é necessário, se apaixonar é assim mesmo.
Foram alguns minutos de despejo.
Ela tinha medo de magoar, ferir e de parecer soar fria.
Não era algo tão fácil, pois a sua maneira de amar era diferente.
Porque ela não conseguia lidar com as emoções, muito menos transmiti-las.
Quando estava sozinha era mais fácil não se preocupar.
Porém o coração já preenchido, nada poderia ser mudado.
Havia mais uma responsabilidade, mais um motivo para pensar.
Todas as noites ela pensava no tanto de amor que borbulhava.
E que já havia machucado certos corações, para não querer isso de novo.
E também, que jamais queria arrancar lágrimas de alguém.
Todavia, para ela, era difícil imaginar ficar sem ele.
Acabara de nascer a certeza do amor, e que arraigado em seu ser
Não tinha mais como tirá-lo de lá, visto que aquele sentimento havia alastrado-se.
E ela só chorou por medo de maltratar o outro coração.
Entretanto, a única certeza é que ali havia o amor.



Comentários

Postagens mais visitadas