E o dia começa
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Acordo, ainda é cedo, abro a janela e lá está o dia.
Debruço-me na janela, sinto o cheiro da natureza e olho a
chuva.
De frente ao mar, respiro o tempo.
Minha mente dita as emoções do momento.
Os pássaros ajudam com palavras sonoras
E sabe a chuva? Hoje ela canta e é a rainha da manhã.
Sua melodia é calma e melancólica.
Não é uma sonata de Beethoven
Mas meus ouvidos recolhem o som
E o anexa às paredes dos meus ouvidos.
A maravilhosa massa musical de sentimentos atroa.
O céu e o mar são um só naquela certeza imensurável.
O céu e o mar são um só naquela certeza imensurável.
E embelezam o infinito cinza cordialmente.
Que por hora emolduram um quadro perfeito ao ar livre.
E o silêncio do dia esbalda perfume de paz interior.
Ah, e o vento que enumera os arrepios?
Pois é, ele se esfrega em mim, trazendo-me lembranças.
O tempo começa a alvorecer o seu colorido
E a chuva cessa.
Os pássaros anunciam que o dia ainda é deles
E fazem a sua orquestra costumeira dançar animadamente
No embalo dos pingos de chuvas que ainda insistem e aparecer
e
Que estão juntos nas folhas das árvores que saracoteam.
Logo, a orquestra naturezamente finda.
E a barulheira do dia começa.
As pessoas voltam a trabalhar.
Os prédios em construção ecoam as ferramentas em ação.
Os ônibus passeam apressadamente.
Transeuntes molham seus pés açodamente sem ver o resultado.
As crianças se alastram pelas estradas em busca da escola.
O café termina, e meu paladar ainda o procura novamente.
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