Um tour noturno pelas estradas da noite
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Os olhos da noite se expressam de várias
maneiras
E ela me diz sobre o que acontece pelas ruas
das almas humanas.
A noite relata
então, que o tempo passa neutro, e ninguém o nota.
Que têm muitas
janelas de cores oriundas que bate e volta, sem absorverem nada.
Têm corações entristecidos
sendo reprimidos, por pouco ou quase nada.
Imensidões
interiores, em que o sentimento consome, a porta fechada.
Aquelas que não
se abrem jamais por dentro, e que morrem sem expurgar.
Há um vasto
pensando sem sentido, que devoram as ideias de cérebros perdidos.
Que ainda nem
se formaram direito, visto que nem sabem para onde vão.
As dores da
alma não são recolhidas para análise e, tampouco, valorizadas.
Elas não são induzidas
às verdades que, esquecidas pela indolência, negam a ajuda.
Protegidas de
qualquer desejo são que venha navegar por ali, excluindo as tentativas.
A cada vez que
escurece, a noite olha os humanos e lamenta muito.
Ela vê uma
matança de esperança diariamente, submetidas à morte da alma.
- Por que as
pessoas se suicidam assim, matando-se a cada momento?
Indagou a noite. Ela via muita beleza no amor entre as pessoas,
E questionava:
- Se é a porta para a felicidade, não usufruem disso por quê?
Achava lindos
os casais apaixonados, passeando nas praças, tomando sorvete.
Porém, havia muito
mais do que se podia ver, sentir e ouvir.
Eram sintomas infinitos.
Há respostas
para tudo, mas estão esquecidas por falta de conhecimento e vontade.
E noite
recolheu-se melancólica, para que o dia desse mais um plantão.
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