Comodismos




Eu sei o quanto as nuvens que passam sabem o que eu não sei.
Gostaria que elas falassem, uma hora dessas, sem compromisso.
Em que perdidas pelos pensamentos dos transeuntes,
Relatassem o que há na mente dessa gente multicultural.
Há tanta coisa boa sendo escondida nos corações que se calam!
À proporção que as más aparecem e crescem, sem pedir licença.
É muita ansiedade quanto àquilo que não se conhece.
É muita má vontade quando àquilo que é útil e eficaz.
Eu percebo as pessoas e, às vezes, elas não dizem nada,
São tão vazias por dentro e estragam qualquer oportunidade florescente.
Contentam-se em trabalhar em lugares que não são felizes, robotizadas.
Conformam-se em estacionar em qualquer lugar que não desejam.
Não se importam em se modificar, porque não existe força de vontade.
Mas para quê? Se assim está bom, não é?
Ficar num comodismo costumeiro está melhor do se aventurar no desconhecido, e ter a possibilidade de sofrer.
E quem deseja sofrer? Quem quer se arriscar? 
Quem quer ser o primeiro a mudar? 
Então, quando a multidão ouve as perguntas...
Nenhuma alma diz coisa alguma sobre alguma coisa.
Tem medos que fazem festas porque moram em mentes fechadas
como estas, para terem a liberdade de manipular. 


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