Vou ao teu encontro

Estava escrito no pedaço de papel
Um poema.
Uma frase me chamou atenção.
“Saiba: Vou ao teu encontro”.
Um estranho adentrou meu recinto
Escondia-me a tortas direitas
E ele, oculto, deixou-me o bilhete.
Matutei ideias descrentes
Ri alto na noite chuvosa
Dormia tarde todas as noites
Imaginando, quem ele era?
Que criatura mais misteriosa!
Até que numa noite dessas
Em que o cansaço me pegou
Fechei os olhos e sonhei
Com o dono do poema
Que durante o dia eu pensei
Ele escrevia aquelas palavras
Vou ao teu encontro.
Acordei assustada
Senti um beijo nos lábios
Será que ele estava ali?
Oh não! Um beijo roubado?
Fiquei sacudida e confusa.
Achando ter perdido a sanidade
Foi somente um sonho
Consumido pela ansiedade
De me encontrar com o poeta.
Que me escreveu um bilhete
E deixou-me inquieta.
Com uma interrogação.
Qual é a data exata?

Vou voltar a dormir.
E desvendar essas metáforas.

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