Xô tristeza
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Mandei embora a tristeza
Que fez morada em meu coração
Espalhou o meu endereço por aí
A fim de enchê-lo de ilusão
Ela zombou da curva torta
Do meu pobre e dolorido órgão vermelho
Que quando hospedeira o espancava
Mantendo-o em cativeiro
Não havia palavras suficientes
Nem gestos que o acalmasse
Os buracos eram imensos
Ele pedia que tudo se findasse
Foras horas de desespero
Horas de agonia e tensão
Mas a esperança era o ponteiro
Que marcava a hora da libertação
Ele batia o tempo inteiro
Pedindo socorro para o mundo
Era puro prisioneiro
De um sentimento tão imundo
De tanto sofrer de olhos fechados
O coração foi ouvido
Alguém do outro lado
Ofereceu um ombro amigo
Ele encheu-se de alegria
Expulsou a tristeza para longe
E deixou guiar pelas energias
De tão boas, quanto à fonte.
Não há fim para o bem
Mas para o mal, sempre há
Só é bem vindo os bons sentimentos
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